À noite despertei de súbito.
Meu peito subia e descia rapidamente ao descompasso de uma taquicardia que me
pôs sentado na cama. Olhei para o relógio: Quatro da manhã. Seria mesmo
possível? Não...eu não podia acreditar. Era muito cedo para levantar e o
negrume da noite ainda pairava sobre a avenida vazia.
“Que pena... Eles eram um casal tão bonito”, foi o que uma gatinha que estava em minha frente no ônibus falou olhando para seu celular. Eu tentei olhar de relance, mas não consegui ver quem era. Deixei pra lá, devia ser um desses casais de famosos que vivem se separando...